segunda-feira, 30 de outubro de 2006


Quem dera o mundo fosse um sonho.


domingo, 29 de outubro de 2006

mamãe e papai(dialogos modernos entre eu e minha mãe)

- mãe vamu prum tango sexta?
- onde é?
- hildefonso albano.
- sei não... o seu leite quer ir pro cover do raul seixas.
- há mãe vamu pro tango!

sábado, 28 de outubro de 2006

para você... e para todos.

É natural que sinta-se solitária minha pequena personagem. Nao sabes que eu sou a suprema narradora de sua história.
O seu destino está selado.
- Ame-a ou deixe-a!

A cigana entra no restaurante, sua saia dança por entre copos e desejos. Alguns curiosos perguntam quanto custa uma consulta. É uma cigana de 28 anos, fugida da guerra e da vida. Num lugar onde todas as possibilidades sao verdadeiras, sao intensas. Seu cabelo é longo, desgrenhado, um pouco gorda, olhos sérios. É bela. Mas nao é convencional. Plástica.
Vende flores aos burgueses, sua fome é esquecida, até que um casal a olha curioso.

- voce lê mao?
- sim.
Ela lê e percebe que o homem poderia ter sido o grande amor da sua vida, mas nao poderia falar a verdade, imagina a confusao.
O amor que ela viu na mao dele a desesperou, a confundiu.
- Um amor na sua vida há de aparecer. Fique atento às possibilidades, incriveis sao as chances que perdemos... Ainda vai demorar um pouco. Tempo para viajar, sair... Porque esse amor que lhe vem poderá ser desastroso ou eterno...

O casal ficou surpreendido. Ela o fitava e ele percebia essa troca de olhares. Foda-se. ela o desejava e pronto. e foi coisa de um instante, começou ali, nós somos testemunhas. A mulher ficou confusa mais do que todos, no fundo desejava que o homem pagasse logo a cigana e que ela fosse embora com seus mau agouros...
Mas ela nao foi.

Outro dia a cigana anda na rua, sonhando com o sonho que tivera na noite anterior, sua mãe e o astor piazolla dançando na geladeira... Ri sozinha. Como que num furacão encontra o homem que lera a mão.

quem é voce? de tão maldita que não tem pena de travar derrotas e desgraças na vida de quem te ama?
a cigana queria dizer tudo tudo, mas nao disse. Preferiu o silêncio. As palavras confundiam, como confundem agora sua propria narradora.
e esse amor há de aparecer.

domingo, 22 de outubro de 2006

"Geralmente finjo que ele nao existe. Que ele é um desconhecido, beijo os mais vadios da cidade para que ele nao exista dentro de mim. Ao passo que me sinto feliz em nao ve-lo, em nao senti-lo."

Ouço um fado da Amália Rodrigues... Lembro-me de uma minisérie da Globo, inspirado num livro do Eça de Queiroz, nao fez muito sucesso, mas o que me lembro é uma mulher entrando num camarote de uma espécie de arena pra touradas.... Linda, desliza no homem que aguarda. Tudo em silêncio, dito através de olhares. No olhar... por isso que nao costumo olhar nos olhos.... é intrigante tentar saber o que a pessoa quer. Através do olhar.
Ela tinha uma certa fraqueza por homens... (risos).
Na verdade eu ia falar sobre a arte dos motéis.
Pense bem. Para quem tem a liberdade de trazer seus praticantes de sexo pra casa - pelo menos no meu caso :) - nao vê muita necessidade de ir para um motel... (tirando o fetiche de ver espelhos e consolos...). Mas pelo o que se vê motéis nao sao tao ruins... Tem toda a aura de sair com o cabelo molhado.
Porra... que merda de dor de cabeça.
- Vou comer.
- Mas chuchuzinho, voce nao quer mingau... talvez seja nutritivo, ambrosia... quem sabe? Voce nao quer um livro para voce cagar e ficar lendo, talvez o ser e o nada? Voce nao quer uma mulher nua na cama? Voce nao quer se despedir de todos numa festa qualquer mal - diiiiiii - ta mente diabolica? Voce nao me quer?

...
Continuando. Motéis sao tao classicos. Como bordéis. Como almoço dia de domingo com a família.
- A gata nao faz mestrado. A gata nao grita quando deixo a chave na porta. A gata nao chora bêbada.
"cidade perdida. joga as cascas pra lá. só eu e vc. cidade proibida. facil vem facil vai. só eu e vc."
"cidade perdida. só eu e vc.
pois é. tenho mais quartos que pensao de puta.
por falar nisso... como é bom ter a sensaçao vadia de ser uma.
- ah fala serio? vas tao escandalizados? nao diga... imagina se visse o conteudo na integra...

se eu tivesse vc, pagaria 20 reais pelo miche.
hahahahahahaha.
me passando no meu proprio escrever.
por que q toda mulher ao menos uma vez na sua vida do alto de todo o feminismo tem q se sentir submissa, mulher das cavernas arrastada pra dentro da caverna(motel 90). Rapaz...
Nao provoquemos quem ta queto. o Dragao chamado é insubstituivel. Dragao paia esse.
Motéis tem aquela energia impregnada de sexo, como quando vc entra numa calourada e encontra a sensaçao de estar livre. Como quando entro na casa da Bianca e me sinto protegida.
- Nao consegui ser dominadora ontem. Voce nao quer me ajudar, raisa? Voce é que é dominadora.
- logo hoje que me sinto uma francesinha ovuda.

não nos enrolemos, enrolemo-nos em lençois de amargura e gozo.
dormir sem sonhar.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

invisivel

Bárbara, Bárbara
Nunca é tarde, nunca é demais
Onde estou, onde estás
Meu amor, vem me buscar
O meu destino é caminhar assim
Desesperada e nua
Sabendo que no fim da noite serei tua
Deixa eu te proteger do mal, dos medos e da chuva
Acumulando de prazeres teu leito de viúva
Bárbara, Bárbara
Nunca é tarde, nunca é demais
Onde estou, onde estás
Meu amor vem me buscar
Vamos ceder enfim à tentação
Das nossas bocas cruas
E mergulhar no poço escuro de nós duas
Vamos viver agonizando uma paixão vadia
Maravilhosa e transbordante, feito uma hemorragia
Bárbara, Bárbara
Nunca é tarde, nunca é demais
Onde estou, onde estás
Meu amor vem me buscar
Bárbara

me passei ouvindo essa musica, ainda bem que a Suzy tava lá...
motivos demais pra chorar...
é a saudade, é as coisas que nao acontecem, é as pessoas que nao aparecem, é a vida que nao me acorda, é a ansiedade de mudanças mudanças ... cadê voce, Barbara? sao os romances que nao vivo, sao romances que eu vejo e nao estao comigo, sao e nao estao. aqui.

Je voudrait ecrire seulement qu'est perfait. Je voudrait embrasse un homme. l'homme ne m'aime pas.
l'homme m'appelle de "retarde".
les fois à douleur si confude avec le plaisir et ce qui dans les reste est la vivent.
je ne comprom pas.
je... je... l'aime. où non.

domingo, 8 de outubro de 2006

08/17/2222

Ouvindo o velho led zeppelin, numa musica feliz, só agora me disponho a escrever sobre quando a Leonor me enviou a cozinha, ela atarefada dando instruçao... lá vou eu... fazer ovo pochè... Na verdade tinha eu entendido ovo cochè, nao importa. Eu imaginei que era pra fazer ovos cozidos e lá vai eu...
Como num esporte radical imaginei: tenho que fazer 3 ovos cozidos pra a minha patroa... uia! Foi uma guerra eu contra o fogao, eu contra os ovos, eu contra o mundo! Os tres primeiros ovos ficaram moles, cairam, os gatos miando, pedindo comida, e eu puta que pariu!!!! fudeu tudo... peguei mais tres ovos... acendi um cigarro da leonor e fiquei esperando... de repente dá certo... afinal nao é tao dificil assim cozer 3 ovos... me queimei todinha pra tirar a casca, mas feliz que eu ia colocar os ovos cozidos no molho...
colocados
chega ela depois de duas horas...
me dizendo que o ovo pochè nao era cozido...
quebrava-se o ovo no molho... uma onda tão estranha quanto o homem na lua...
dejà vu.
mas foi, de certa forma, gratificante o olhar que ela me passou, de agradecimento pelo esforço ou pela tentativa de ser algo que eu nao sou... uma cozinheira...
com os dedos queimados... ainda há algo no teclado... de sentimento.
sinto-me feliz e incompleta. o que há que há?
sinto-me uma escritora fracassada em fim de carreira.
risos.
cigarros.
taíba. urgentemente... senao tenho colapsoss....

domingo, 1 de outubro de 2006

O cafetão poderá ser vários... meu caro.
Cafetão corno, ou canalha, safado é ser de mais intensa interpretação.

A cafetina poderá ciumenta,
ela faz arte.
Arteira.
Só nao pergunte qual é o ou a cafetao ou cafetina do meu coração.

Tem sempre aquele cafetão que desiste do próprio bordel e se vai.