sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Confeitaria Colombo

Eu vi meu Deus, eu tremi, pedi socorro.
eu vi Ele indo embora com sua sacerdotisa como eu fui um dia.
nervosa fiquei,
com aquele abraço tão rápido,
ñ, ñ pode ser desprezo, foi apenas mais UMA despedida.
Será que se eu pudesse Você cairia em
meu templo?
ñ, ñ posso pensar nisso (assim).

É o meu Apolo que não me harmoniza.
oh, Deus!

FIN







:-)
ainda bem que tu terminou bem, ne, querido?

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

memória

Vicente sim estava com taquicardia, meu pupilo com aqueles olhos de tarado sensível, me veio na praça verde, me abraçou e falou: "hj não tô bem, acho que cheirei demais ontem", ao som de Chega de saudade, uma bossa nova interessante quando se vai viajar na próxima semana. Cuidei dele como quem cuida de um amante-marido-que-vai-comprar-cigarro, falando nisso tentei evitar que ele fumasse o camel dourado (fumando, ;-) Assim pedi carona com um amigo dele e fomos para minha casa, ao passo que tentei acalmá-lo o colocando na minha rede, na varanda, fazia um frio agradável. (intervalo para lembrar de um fato anterior: ele se posicionando numa parede inclinada, perto do Fafi Bar, impinando em mim, o falo se aconchegando em meu ventre molhado e irresponsável, ora, o cara passando mal e eu pensando em comê-lo, até arquitetando como vou comê-lo sem que ele se canse mais? O falo grosso, quase endurecendo e arquejando uma falta de ar apressada.) Então nos deitamos naquela rede, nos balançamos, o cuidado me fez tirar um cochilo com ele, foi tão pegar no pau dele e sentir um pouco de tesão sem que ele percebesse, até que ele percebeu endurecendo até doer os ovos (precisamos gozar querida!), aí eu parava e começava a discutir com ele Freud, a rixa entre Filosofia clínica e Psicologia, amor idealizado ultra-romântico, ele me contou histórias de amor não correspondido ou fugidio, literalmente se foge de amores idealizados. O erotismo aparecia como uma despedida, "tô com medo" eu falava, medo medo medo de que tudo no Rio desce(sse) em merda... Meu querido, vc quando se levantou da rede, quando colocou a camisinha, quando enfiou em mim com aquela força de homem delicado, só eu sei o prazer de estar molhada contigo. E então eu gemia mais mais mais e gemia alto, porque só assim sei gozar (com gemidos altos, unhas arranhando e quem sabe uma corda - leve para qual corda vc quiser, meu querido Vicente). Você falando: "sua mãe vai ouvir, é melhor parar, seu tio tá bem aí!". E, realmente, paramos, não por causa da minha mãe ou os meus tios bem ao lado, paramos porque você, meu querido, precisava descansar e seria um foguete muito foda se vc morresse ali. Caralho, como você é gostoso, [Vicente. Amante] assim não se esquece, espero eu. E então depois você gozou, foi tão te ouvir, poucos gozam como vc. Aquela tremidazinha, com aquele sussurro: "sua buceta é demais, raísa"... Hum... Ai, adoro.
Já de manha, quando minha mãe agoava as roseiras você foi embora. Couchez avec moi toujours!