Filmes de máfia
Capitalismo e suas instituições base
(hierarquia, influencia calcada em aparência e competição)
Para um classe média escolher viver pode ser entre o
operariado falido em sonhos consumistas ou enfrentar o perigo por um mundo de
extravagancia mafiosa (não deixando de ser consumista, ao contrario exerce o
poder em exibir td que tem). A esse classe média dedico este texto, porque o
mundo do crime de tão julgado como “errado” acaba não sendo analisado.
Inclusive o que é crime?
Aqui o criminoso assume uma fronteira entre o selvagem e o
guerreiro (desta vez a política entra em ação para defender a ética
transgressora e a imposição de respeito como os animais o fazem: com olhar e a
disputa).
Os bons companheiros: e sua ética suja.
Convenhamos, vivemos uma grande instituição chamada Estado,
dentro dela formada pela Universidade, Hospital, Escola, o comércio, a
política, a mídia, o turismo, entre outros e o não menos importante a polícia.
Dentro de uma realidade não hipócrita é até humano presumir que essas
instituições por serem de poderes hierárquicos e não orgânicos são sujeitos a
um tráfico de influencia e uma sutil corrupção (quando não histérica
corrupção). Denunciando o fato de que a polícia inclusive forja inimigos – a exemplo
Bruno do molotov e a guerra do iraque/Vietnã/Afeganistão etc americano – a máfia
enquanto instituição criminosa é a representante do lado obscuro do desejo
estatal.
E por quê? Porque na hora que os cidadãos mais comuns e
menos representados se sentirem carentes de ajuda, dinheiro, influencia, poder,
os favores serão pedidos ao padrinho (“the godfather”). Os cidadãos perdidos
dentre sua própria alienação, técnica de vida iludida na promessa de trabalho e
amor casamento é uma outra instituição e a ela devemos o “como viver nossas
vidas e reproduzi-las”, mesmo sendo diferente você sabe o que eu quero dizer...
O Vaticano não paga imposto e é um dos maiores acionários na
indústria armamentista, seus corredores são cheios de gala e suborno. Há
séculos mata, comete genocídios e estupra. Religião: mais uma instituição que
em sua estrutura há o crime e o paraíso espiritual.
Não estou dizendo que aceitemos a violência de cada dia.
Pelo contrário: que tenha sanidade o suficiente para entender o lado animalesco
do aventurar-se no crime, da insconciencia acordada.
Prefiro conseguir meu respeito no olhar, no encarar e agora na
escrita, do que forjar uma falsa aliança humanitária globalizada. As
manifestações representam um cansaço da instituição, sem dúvida.
Que instituição queremos então?
Da máfia respeito a lealdade, não só em um aspecto, mas rapidamente penso que uma lealdade ao amigo, ao amor, ao crime como transgressão de uma vida pautada em pressões estúpidas e moralistas.
Em protesto a toda opressão cometida pela máfia - PMERJ / teologia do ódio ao diferente / Milícia - eu digo: não terão meu ódio, não terão a minha violência, ao contrário a luta é intrínseca ao viver, mesmo sabendo que máfia existe desde o império romano...