quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

diario 29/12



Das vezes que o outro me disse o que achava o q eu era, foram tantas as respostas como a vadia / louca/ quenga / puta / drogada e agora oportunista que cansei de acreditar e cansei de mandar um foda-se bem longo.

Foi difícil encontrar um caminho pra escutar a crítica e saber que também erramos, foi difícil perceber que por detrás de toda tentativa de te destruir existia caminhos em meio termo.

Hoje fui chamada de oportunista e olho pro meu passado e parece isso mesmo, uma sucessão de ajudas de amigos para que eu pudesse trilhar um caminho que só gente rica faz.

Para alguns pode parecer que eu quero ser branca, para outros mais uma vai com as outras.

No mais eu quero continuar sonhando com a minha voz existindo, ainda que só pra mim, escrevo, neste blog pra fugir do julgamento, da fogueira, da trama que tanto enredam as mulheres em serem sempre culpabilizadas por destinos mais frageis e menos ricos.

O dinheiro não tem cor. 

Mantenha a minha paixão, ainda que eu não saiba como será essa realidade.

Mais uma crise de ansiedade porque de julgamento em julgamento continuo aqui, me importando com a opinião dos outros....

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

off-diario

off-diario

poema para os iludidos

sem neura, eu também vivo de carnavais, só que agora só é de sexta a domingo e ainda naquelas de pensar na tecnocracia, burocracia e o meu brasil nos escândalos da bárbarie de uma nova civilização em nascimento: sim essa aí q não se nomeia por fronteira, mas a gente pode dizer "misturada", a que tanto o capitalismo golpeia para tentar derrotar, mas o que todo mundo já vive, por um verdadeiro Estado de Bem-estar social a violencia nunca será arma de lucro. Oxente, me deixe sonhar.

o pior de tudo é ver que agora eu só posso ser soldado e que se dizer-mostrar artista parece ostentação / sempre nos julgando.

e ser soldado em tempos de guerra midiática é ser artista criador de discursos, coitado dos filósofos, fico triste mesmo.

continuemos...

https://www.youtube.com/watch?v=FFAdU9TC3uI

terça-feira, 27 de setembro de 2016

off-salva-o-ego

off-salva-o-ego

(salva-o-diario)

27/09

sobre a universidade: o seu início com uma leitura de Marx e a sensação de que não escapei da doutrinação marxista francesa hahahaha - finalmente vou lê-lo (junto com marcuse).

sobre a malandragem: aqui a vida é um pouco entediante (doce, gentil) com um jeito malandro que passa o pano na sua cara e você nem sente... (minha gradução em malandragem pela Lapa carioca ajuda muito a perceber o que é falso do verdadeiro... incluso das questões prático-políticas do racismo, do preconceito, do desrespeito ao modo de vida cultural "considerado" "selvagem", como o meu hehehe (intuitivo e sereno, olha pro céu meu amor, ainda que maduro seja falso ingênuo, só pra rir e zombar com ironia do racismo d'outro).



e na sala de aula aquela formalidade toda, que não sei se é a doxa (opinião ou modo de ver o mundo) ou se é Brasil que leva o feeling do bar/da casa/ da praia à sala de aula (ao menos da filosofia a narrativa vai sempre de um diálogo amigo, quero dizer: do desejo/amizade/amor para o conhecimento/sabedoria/percepção...

sinto saudade da loucura do rio, mas por ora não sinto banzo. toulouse é doce e gentil.


não me pauto a pensar questões que no facebook sempre tem os que "são todos especialistas", só divago mesmo... o ego não se expressa em terras ocidentais, ele fica calado esperando fazer um comentário construtivo. não viaja, nem delira. me entedio... por isso que o consumo capitalista fica todo encrustado nos desejos de narciso, é pra o seu bem manter a beleza da aparência, porque no final ficamos todos calados no silencio organico da "sociedade", o grito pertuba...



por isso a leveza das crianças... e o choro hehehe, mas ainda reservo do meu vasto tempo solitário um espaço para essa contemplação do delírio... (esse escrito totalmente perdido e publicado em blog hahahahah)

terça-feira, 20 de setembro de 2016

toulouse

off diario

exer
exor

cicio

cismo

cisma minha

de querer desabafar como desterritorio
das calunias
das intrigas
das birras
das injustiças

vou colocar no Lattes que em 2013 trabalhei seis meses como escrava pro Museu de Imagem e Som e a terceirizada Acesso - que de acesso não me deu porra nenhuma, só a raiva e a indignação trabalhista.

Kafka!

Oh, Kafka, acuda-me desta feita que é sentir o processo 0010738-62.2015.5.01.0036 (AUDIÊNCIA NA 73ª VARA DO TRABALHO - GOMES FREIRE, 471) Audiência dia 21/09 às 10:20 da manhã horário de Brasília.

Ah que raiva! seis meses de trabalho escravo, nas épocas de manifestação e ainda o estágio

Na escola estadual Souza Aguiar, época foda, em todos os sentidos.

Mas (pausa pra uma meditação chinesa-esquizoanalítica) eu desapego.

Desapego o dinheiro.
Desapego o amor à humanidade - (dos anos de pesquisa de mercado e do mundo da arte no Rio de Janeiro, desapego mesmo)

Quem me chame de oportunista, saiba (eu) desapego até da tua atenção, do teu mal - olhado, que não vê o que quero.

Que não vê que a saída só rola se for pra todos.

Me concentro nas crianças francesas (uma de origem portuguesa onde brincamos de bruxa e outra bem danadinha estilo Artaud com tres anos e meio que gosta de princesa e boneca pelada), trabalho sim como babá e moro na casa de uma família estilo mãe da Jéssica, exceto que é só terça e sexta das 07:30 as 08:30 ou seja duas horas por semana.

Seis meses de trabalho por volta de 36.000 reais com os encargos férias, recisão de contrato, 13º tudo o que eles querem tirar agora eu nem tive. Minha única assinatura na carteira de trabalho é de um trabalho que atrasou malditos seis meses!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PORAAAAAAAAA

sim, to com raiva. Muita raiva do Museu Image e Som que permitiu isso e agora nao passa de uma OS falida.

A foto é pra ilustrar que o tempo passa e a cama fica, gostosa, tranquila, vai passar... vai passar... vai dar certo... eu vou conseguir parar de pensar que um dia eu fui escravizada por seis meses...
 
Desapega
Desapega

Come uma larica
E sonha, sonha Raísa....

segunda-feira, 16 de maio de 2016

batepapo íntimo 16/05

batepapo íntimo
[no meio da guerra uma sombra de poesia]
CARALHO COMO É DIFÍCIL ESCREVER UM EMAIL BUROCRÁTICO
fico querendo botar um hehe
querendo dizer zoeira tava de brinks
ou chamar pra beber um vinho depois do expediente
ai no meio do parto escrevo e aperto enter
espaço para se assumir o que se é
guerra estética - por mais liberdade de escrita, já sou verdadeira em assumir meus erros, não sou normal. mas sei como ser, ética.
não sigo o deus dinheiro.
sigo o humano em fé.
follow me meu ego
alimento existencial 16 de maio
ad inifitum

quarta-feira, 9 de março de 2016

batepapo íntimo

batepapo [íntimo]
ou como a Zika me permite fazer banho de fumaça no meu quarto.
a dica para se proteger da Zika é queimar de pouco em pouco folhas secas de eucalipto,
mas se no fundo (ou secretamente escondido graça à perseguição religiosa aos índios e negros ou aos diferentes) você quiser praticar um tecnoxamanismo acenda com mais fogo e encha o território de fumaça, acende o lugar e invoque a proteção.
meu companheiro de quarto que faz psicologia ficou com medo achou q tava pegando fogo (ele é coxinha bacana) mas quando falei Zika achou tudo normal e voltou a programação de antes.
ps: sim deixar de ser barraqueira e moro num quarto, agora aluna residente da casa da Mãe Minerva (UFRJ)
e a oração foi politicamente incorreta escolhida ao acaso Rimbaud une saison en enfer
"si dieu m'accordait le calme céleste, aérien, la prière, - comme les anciens saints. - les saints! des forts! les anachorètes, des artistes comme il n'en faut plus!
farce continuelle! mon innocence me ferait pleurer. la vie est la farce à mener par tous".

domingo, 6 de março de 2016

batepapo intimo e social

batepapo íntimo e social
uma das resoluções oficialmente "adulta" (as notícias boas de realização logo falarei e o inbox tai ai galera, até pq será de força e continuidade... resistir é preciso - ) foi a criação do hábito de ouvir e conversar sobre a fofoca - juro até 2015 eu me recusei solenemente e foi tomada por louca até que passei a me socializar melhor e me sentir mais "normal" sendo uma fake fofoqueira: fulano fala de mim? ele acha que eu sou uma merda em francês? sério? e ai eu fazia uma expressão como a estatística manda.
não só a questão profissional do desempenho e da funcionalidade, mas da profundidade ética quando tratamos dos outros com a fofoca,
já no banquete de xenofonte sócrates se autointitula alcoviteiro (alcoooooova)...
bom, fake fofoca sou fake fofoca penso: agora "adulta" penso melhor em deixar pra lá e não me importar (o velho foda-se, mas desta vez sem ser agressivo, autoboicoteiro ou mesmo indelicado) quem sabe uma treinada de existir-no-mundo sem ser domesticado, ainda que o treinar não é domar, ser domado é outra parada e não me atrevo a descrever com o consciente coletivo...
bueno, pero mucho me gusta ahora hablar la loucura - como resposta sintomática à fofoca, ou como saída insuportável ou como resposta irônica á aristocracia e violenta ao povo, a grosseria, o foda-se adulto é mostrar o outro que ele tem ego e que esse ego é vendido todo santo dia com valores e mercados espontâneos, e que ele pode mudar sempre, deixar de lado os medos e os desejos que "domam" o corpo-ego...
ah continuar...

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Dia 3 e 2

hoje já não quero mais postar no facebook, o terceiro dia é um silêncio segredo porque vou falar de pessoas e lugares: que aqui ninguém fala o óbvio: cadê o dinheiro roubado da reforma do alojamento feminino? que muita gente deve receber suborno isso com ctz, porque calar uma estrutura inteira de um caso de corrupção latente... só rio, cidade do pecado.

o cansaço é um dedo mindinho do pé comparado ao corpo todo que é a saudade do pierre, choro fácil de pensar nos três dias de choro que foi a sua despedida, o resto me dá uma energia que me presto a pensar nestas burocracias, ainda perco energia com isso. 1) seduzir a chefe da secretaria da filosofia do ifcs pra provar pra ela q eu nao pude ir a colação de grau pq estava no ceará e que preciso disso extraordinariamente antes de abril pq minha data limite é março, Afrodite vai me ajudar nessa 2) arrancar a assinatura do diretor, tarefa para Atena - <3 p="">

o conforto, a civilidade, organização (ainda q precária e mal ritmada culturalmente, não sabemos controlar o corpo porque tememos perder nossa espontaneidade, aí que entra a ética na dança e a dança na ética Stromae) existem e são regrados datados, limitados, é oposto da liberdade burguesa e caótica que não oferece um caminho, mas um caos esquizofrenico de tecnicas e mais tecnicas, e de patologias pra preencher o tempo, patologias da psiquê que levam a patologias do corpo: a mão que treme, o sorriso que se esvai, o nervoso que corta a mão, o autoboicote, tudo tendência lançado no mercado invisível da indústria farmacêutica muito bem controlado. a zika é outra.

que existem malucos e sóbrios todos sabemos mas aqui é um teste contínuo de sua sanidade e por isso parece um hospital psiquiátrico, vc nao pode admitir um erro que sua falha já será diagnosticada como uma patologia: eu falo dormindo isso me transforma em quê? 
eu já mais velha rio e me conforto em conversar com o corpo, ele que tanto gosta de carinho, cafuné, abraço, miau miau

de resto sonho, como uma esquizoide que le suely rolnik e me pego o que faço, ja que penso?

Berlim Oriental que nao expulsa seus pensadores tão distante do Rio Capitalista das olympiadas.


batepapo íntimo diario do alojamento
hoje é o segundo dia que to de "barraqueira" como falam as pessoas q montam camping. (risos)
m'aconselharam a nao falar q to aqui ou ficar mais queta em termos burocraticos, afinal é meu ultimo semestre.
mas ISSO É um Diário
não resisto a vontade de registrar a potencia q é estar a borda do pai Estado, o predio q me lembra notre dame des fleurs do jean genet ou um hospital psiquiátrico, mas é uma universidade com uma potência de experimentação e teste prática política, é uma ocupação, é engajado. a hora de comer é marcada e vai biblioteca aula casa sem o barzinho da lapa (ainda q eu possa pegar um onibus de graca e ir pro ifcs e depois lapa mas to de boa o clima ta muito protofascista tecnocrata sem dinheiro é foda).
Voltando ao alojamento :
quem me mostrou como funciona foram os estudantes de dança, afeto politico total, são realmente uma graça e me mostraram o prédio alem de me indicar todo o rolê político burocrático pra conseguir um quarto afinal ninguém quer ficar pra sempre numa barraca. na minha memória vem os dias de Agdz no Marrocos e o modo de vida q vc dorme no chão c tapetes e come c a mao esquerda e lava a bunda c a direita (ou ao menos eu fiz assim). me sinto cigana.
E no bandejao os COXINHAS GOSTOSOS da engenharia a maioria negros ou mestiços me matam eu fico derretendo nesse clima de chuva ate consegui arrancar um sorriso. E jamais eu teria tido oportunidade de enxergar a vida por esse angulo soldado da ufrj q lindos todos fardadinhos servindo à nação.
Enfim Dioniso voltei a ter dezoito anos c tua energia q aguenta a vida cigana e com orgulho de ser /viver outra cultura q nao essa burguesa do medo e do silenciamento e , por isso , baixo o santo em Apolo pra ter inteligencia e sobriedade no caminho diplomaaaaaaaaaaaaa a raisa velha é tranquila ieiiiiiiiu
ps: um menino muito legal q tb ta acampando me apelidou de che guevara ♡♡♡♡♡♡ hahahahaha