sábado, 23 de setembro de 2017

off diario - parir uma mémoria sobre a descolonizaçao estética da mulher brasileira, ainda selvagem...

na teimosia eu digo sou eu que vou criar nao é teu ego colonial nem tua postura de superioridade ocidental quem é esse eu? senao a fêmea que come e come quando quer comer eu tenho fome o parto ja vai e ja vem é so um texto a cabeça diz e corpo goza e sente dor: a violência e o prazer nao sou teu objeto existo j'existe [ta saindo a dissertaçao de mestrado a Vênus Caôzeira, ta parindo...]

terça-feira, 19 de setembro de 2017

sem titulo de um novo livro à vir

introduçao isto é um diario. mas que quer ser um guia. em tempos que categorias morrem como um sopro de leitura de frase ou de “recepçao de imagem” ou ainda de um simples gesto, de uma simples impressao, da simplicidade. por que pensava que sendo simples seria “aceita”, as aspas se explicam. é certo que toda escrita tem uma ambiçao, e eu (logo eu) que pensava existir na escrita sem ter que ambicionar mostrar isso ao mundo. logo eu ingênua, naïf, corriqueira na inocência, marca indelével de um sobrenome, sim, me chamo Raisa Inocencio. Prazer em conhecer, futuro leitor. Te quero, te ambiciono. Respirar essa constataçao, é um objetivo. Com essa condiçao de potencia de divagar, de re-citar algumas sensaçoes paralelas, tipo o Mutantes “nao va se perder por ai” e talvez o nosso final de semana nao tenha mais fim. Respirar a constataçao que existem mundos em disputa, achar uma casa, um emprego, confiar em amigos que possam estar contigo quando estiver na merda, inevitavelmente uma condiçao status quo em algum momento dado que todos temos cu. Principalmente os fudidos “que tem medo tem cu”. Ter cu é admitir que conectamos com este corpo fragil e faible - me perdoe de antemao porque penso em outras linguas, inclusiva a muda que fica calada quando vê que o esforço energético sera inutil. Considerando que se falamos sobre “erros” e “acertos” também falamos sobre utilidade e “folga”. à quoi sert la vie? à que serve a vida? é essa vida “boa” de aplicativo que agiliza a vida e otimiza em tempo para produçao constante de conteudo em perfis públicos que nem Orwell daria valor? é esse prazer de esquecer da morte e ignorar os problemas (políticos)? Pois, escutei que misturo demais realidade e ficçao, que tem que pensar mais no concreto, sair desse mundo de lua, que so poeta gosta. Pois, saio, e a realidade me emociona ainda e acordo, mas nao concordo com esse estilo facebook de ser, tudo tao falso… Este guia, é para quem quer sair dessa condiçao de aplicativo ambulante. Que ainda se atêm às sensaçoes do invisivel. [diga que voce pensou: coisa de doida misturar quotidiano e pitaco existencial, mas é lendo que a gente sai do perigo de ser capturado pela mercantilizaçao da vida, quero dizer é sendo, j’existe. ou melhor nos pejorativos “doidinha” mas pode deixar que com a burocracia e a academia eu faço meus atestados de legitimaçao social.] Ambiçao companheirs para sair desse estado ! Desse Estado! A introduçao nao é panfleto, é so dois ou três truques que eu pensei em conversar no bar para nao parecer auto terapia de grupo. Ainda que se analisar e analisar-se com o outro é potente para o cuidado de si do cu. cuidado de si do cu. Quem nega ter esquece do ser-animal e das duas uma: morto-vivo com medo da morte ou histérico hiperativo da super-vida, sim, por supuesto com muitas sutilidades e complexidades mas pire ai senao é assim...