domingo, 31 de dezembro de 2017

31/12


off diario tolosa espécie companheira

para lu e sue

pois bem

tempo tempo quero-te no instante que dá paciencia

morte tu dá umas lombras

bronquite causa de morte que eu eu eu ego acostuma

mas escrevo para lembrar que consigo escrever
carta na garrafa do pirata

musika

vive quem come

poema sem utilidade

pra quem acreditar feliz ano novo!

2018 ano de Xangô



axé, faca amolada grelo duro e feliz tudo!

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

off diario espécie companheira

off diario sobre espécie companheira


pra sair do ego a gente escreve ou conta historia ou cria algo junto

se o nosso social faz parecer tudo a partir do individuo e seu raio de poder

trabalhamos na potência

no botar fé (penso com a violência do palavrao, porra carai buceta)

no botar fé com o outro que se confia nao categorizo em amizade penso apenas com o outro

nao é troca nem comércio nem dom contra dom como querem alguns antropologos

é encontro

que mata fome existencial

duas palavras separadas pelo umbigo

ja na linguagem separamos entre corpo e alma



[poema que nasceu de mais uma ida à imigraçao francesa, no qual me chantageia mais 260 euros para renovar o visto, poema que nasceu e nasce de uma força espécie companheira novas e velhas que me dão carinho às vezes sem que eu peça, pq agora peço arrego, arrego de morte de abandono de fim de relacionamento, fim de amor começo de guerra, o amor que eu dou agora é pederasta, o amor que eu dou agora é politico, ainda sonho com casa, mas quem pode casar quando se é estrangeiro ou periférico? o brasil da puta que se apaixona traficante viciado e pobre de direita me entende?]


escuto o barulho do mar e descanso

(tb te escuto)

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

off diario bruxelas




sobre o paradoxo:

primeiramente que isso aqui é um diario (sobre o pessoal familiar e estrangeiro sendo eu sincera espontanea naif) para sair das mascaras e dos teatros do ego em seus jogos de conquista ( poderia escrever um tratado sobre o artificio e o sub-entendido para se fazer o que se quer...)

o segundo paradoxo é : por mais que eu tenha sido criada num inconsciente colonial preso à muitas e muitas instancias de desejo onde o padrao de beleza é o legitimo, é paradoxal pro corpo querer construir novos artificios sem que seja "falso", penso melhor: paradoxal construir novas estratégias do desejo sem que se questione ao menos se é fake ou nao, por exemplo as manas que usam turbante so porque ta na moda, no meu caso se a buceta nao vibra nao rola, e se ela vibra direcionado para o sofrimento classico eu (ou o alter eu) se protege como um adulto pra sua criança interior, sinto muito, mas nao vai rolar chocolate ... sinto muito mas agora nao vais sentir... vais ter fome, e paciencia

paradoxo pedir um sinto muito quando nao se sente nada

no final escrever é uma saida do blablabla do ego criança que so quer viver comer e "ser" um adulto politico, podemos ser os dois a criança que sente muito e o adulto que se reserva e se organiza e se afeta tecnicamente ...

e por ai vai tantos e mais tantos paradoxos, ficções e segredos...

Bruxelas, minha querida cidade simples e direta, sem caô