off diario sobre espécie companheira
pra sair do ego a gente escreve ou conta historia ou cria algo junto
se o nosso social faz parecer tudo a partir do individuo e seu raio de poder
no botar fé (penso com a violência do palavrao, porra carai buceta)
no botar fé com o outro que se confia nao categorizo em amizade penso apenas com o outro
nao é troca nem comércio nem dom contra dom como querem alguns antropologos
que mata fome existencial
duas palavras separadas pelo umbigo
ja na linguagem separamos entre corpo e alma
[poema que nasceu de mais uma ida à imigraçao francesa, no qual me chantageia mais 260 euros para renovar o visto, poema que nasceu e nasce de uma força espécie companheira novas e velhas que me dão carinho às vezes sem que eu peça, pq agora peço arrego, arrego de morte de abandono de fim de relacionamento, fim de amor começo de guerra, o amor que eu dou agora é pederasta, o amor que eu dou agora é politico, ainda sonho com casa, mas quem pode casar quando se é estrangeiro ou periférico? o brasil da puta que se apaixona traficante viciado e pobre de direita me entende?]
escuto o barulho do mar e descanso