sábado, 24 de fevereiro de 2018

off diario Louvain la Neuve



ta ai uma coisa que nao vai mudar com o fim do emprego convencional é a filosofia

a disputa vai ficar mais acirrada

o de castro chama até de guerra ontologica : a disputa agora é pelo e em apelo ao cogito (sociedade do consumo que precisa de um "publico alvo" uma ontologia ou uma mensagem existencial ) - quem tem direito à metafisica

metafisica canibal singela e direta

ética de cosmogonia livre

quando um indio torna-se filosofo

e um filosofo um indio

perdoa as etiquetas no ainda gênero patriarcal

mas ta ai que nao vai mudar em nada o matriarcado, nômade existencial; tamo aqui pra outros cosmogonicos jeitos de cogitar


en français jeje

s'il y a une chose que ne va pas changer avec la fin du "travail" conventionnel c'est la philosophie

la dispute va s'intensifier

monsieur de castro nomme comme même de guerre ontologique : là, la dispute pour (pelo) et en évidence exagéré au cogito (societé de consummation que besoin toujours preuver la nécessité de la manque direction à un "public destiné" une ontologie ou une message existentiel - qui a le droit d'exister? de metaphysique?

metaphisyque canibale singela et directe

éthique de la cosmogonie libre
quand un indien devient philosophe
et le philosophe devient indien

pardonnez-moi les etiquettes toujours au patriarcal

mais bon ça ne change rien le matriarcat, nomade existentiel ; nous sommes ensemble vers d'autres cosmogonies façons jeitos de cogiter

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Poeminha de carinho à Kafka e a burocracia:



França, que tu com esse teu tempo demorado me legaliza
Agora sim, legalizada
Se não fosse o racismo de Estado
Até diria Obrigado
Mas que sou legal, te digo ainda mais:
gosto de te comer, França querida.
Uma vitoria a cada dia, um sorriso e um alivio, olha o fôlego!!!!
Nunca pensei que ia ficar tão feliz vendo uma carterinha

domingo, 4 de fevereiro de 2018

off diario asfixia capitalista



no meio das mascaras tem uma perversão que é sentir pena daqueles que não podem ter o mesmo estilo de vida, sentir raiva daqueles que mesmo pobres tem a elegância e o reinado da inteligência (do acesso ao conhecimento)

me pergunto se eu fosse rica (ou de familia rica) teria essa mesma compreensão de justiça? se eu fosse francesa ou branca teria essa mesma sensação de impotência?

me lembro que na escola eu sentia inveja das patricinhas, queria ter o mesmo poder, como no parque lage aos artistas que podiam bancar suas proprias exposições.

me lembro que nao estou so, mas é na pele na carne na fome do dia a dia que a gente encara o quanto é incompativel tentar fazer o outro (desta vez o outro aqui é o privilegiado) do quanto tua vida ta dificil de seguir respirando

mas como tenho mais de vinte anos de asma, senhor capitalismo, pode ate me asfixiar (e a asfixia vai durar até setembro) mas e sempre mas a resistência é de nao cair no buraco do desespero:

asfixia em termos papo reto é a divida, é o emprestimo e o pedido de favores e a gratidão a quem pode seguir segurando o rojão comigo porque senão eu ja teria caido: significa muito fazer uma "carreira" destinada a gente rica que pensa que nois (periféricos, pobres, marginais, mestiços e, sinto pela saudade, nordestinos) nao podemos fazer um caminho de vida que tb nutra um saber politico (todo engajamento tem seus frutos, por isso respondo a questão: nao dependo do dinheiro pra ser feliz, so quero que ele me deixe respirar)

pode até ser que calhe de ser interpretado como vitimismo ou charlatanismo - to acostumada a esse tipo de acusaçao até porque mulher é facil


podia até ser uma carta de suicidio, porque é isso que o perverso quer, porém (risos de segredo em inbox) a luta continua

desabafo de domingo (como sempre, as manas que me entendem)