domingo, 30 de setembro de 2012

Cabo Verde dream's

The Budos Band "KAKAL" - Exclusive 45
Algo terrível acontecia. Desmaiavamos em terras gringas. Aparentemente uma praia cheia de pedras, Bianca, portuguesa, uma conhecida minha, estava ao lado. Depois soubemos que naufragamos em Cabo Verde. Uma belíssima praia se abriu a nós. O sol que lembra o ceará, mas diferente, o sotaque e o clima se confundem, se procriam, e cada sotaque-clima tem seus filhos e filhos. Lá a língua falada era portugues de portugal. 

andamos, conversando sobre o que se tinha passado, tentando ver soluções, lugares. Achei ao longe uma caverna-gruta, em frente ao mar, saca.

atravessar uma praia no sol quente, depois de um naufrágio, com pedras e pés descalços, cansados de tanta quasi-mortem, oxe, pois vou lhe dizer, no meu cabo verde dream's eu tava tão feliz de tá numa praia, com amigos (Bianca é a que mais aparece) e andando a caminho daquilo que te assegura, pareceu outro sonho que tive - tenso pra caralho, mas tão bom, tão seguro de sua liberdade, chegava numa praia com milhares de baleias encalhadas, pequenas e grandes, perto e longe, cena de filme corrido, eu e alguns amigos correndo em direção ao mar, colocando panos pra afastar, e rindo chorando quando as pequetitas baleias saiam contentes e livres... algumas morreram, mas não em vão - 


a felicidade que é livre. (palavras tortas, tão bestas, mas tão abestadas, que o sentido delas quando é vivido, parece até torto, lombra, a sensação do deserto chapado em mim... quando chegamos a gruta-caverna diz ai, pense na viagem, tinha umas piscinas que o formato delas dava direitinho numa cama gigante, como se fosse um cinema e a tela fosse o mar, deitamos, fechei os olhos, mas não queria o escuro, abri-a teimosa e o mar entrava.


tento lembrar o resto, algo a ver com a avó neuza. 
o fato é ...

domingo, 23 de setembro de 2012

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Pu(ver)dade



    Andava por entre sobressaltos de alegria e confiança no mundo. Precisei de muitos murros em pontas de faca, muitos socos levados na expectativa, as crenças desabam. Me vi no escuro, andando sozinha, sem rumo, alias com o único rumo que nos leva e guarda. Andar é tal como escrever. Eu crente, ingenuamente confiava no código linguagem e aos poucos e barrancos percebi que muito é emoção.
   Sabe se lá porque,

   Sabe se lá porque, estamos aqui vivendo, engolindo uns aos outros, forçosamente convivendo com patrões, crente que são nossos amigos...

perde-se o saber de quem são nossos amigos e eu não tenho emprego.

estou a deriva, sem ter pra crer, me segurando em projetos que não tem valor.

me abrir pra que, me abrir pra crer?

hoje sonhei que ia a praia chamada paraty e tinha vários tipos de baleias, encalhadas, de vários tipos, e eu e mais uma galera ajudávamos, no final sim era um happy end, elas saiam nadando, livres...

Sabe se lá porque,
estamos aqui, escrevendo tolices, pra suportar a hierarquia, a humilhação de não ser escutado, afetado, a humilhação de não ter...