quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Confinamento e seus sonhos


Confinamento e seus sonhos

dia sei la

Sonhei que tava num avião e tinha um prisioneiro gato, com roupinha e tudo, parecia um desses atores da Globo, ele fazia um furdunço e conseguia escapar, tomava a cabine do piloto com uma mulher também super gata de Malhação e ai eu não sei por que eu entrava na cabine e perguntava vocês sabem pelo menos pilotar ? e o aviao descendo como se fosse aterrissar, dai eles sobem de novo o aviao, falam que nao sabem aterrisar e que na real eles so queriam fazer amor (ou transar não me lembro) antes que ele aterrisasse e voltasse pra prisão... eu acordei com o desespero de avião que vai cair, (e o casal transando, ou seja um misto de sonho erotico com filme de terror)

Explica essa Freud (amigues precisava compartilhar haha)




sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Off - Diario 1 dia de confinamento



Ain gente eu fui me exibir na praia logo em seguida um novo confinamento, vamo rir hehe

Pensei assim é bom escrever ne relaxar ouvir uma musica dançar e po, eu te amo Rita Lee !!!!

Pra quem não conhece esse site que salva-vidas saude mental é tudo : https://radiooooo.com?share=5f9be555ebcac36660f90427

Tamo junto gente, dançando, e cantando (aprendi um companheiro de casa sirio, que é cantando que os males a gente espanta)

Vai passar, vai passar, ai ai Brasil

<3

sábado, 24 de outubro de 2020

Off-diario - Multiplos diarios - resumo da tese e da pesquisa

 Off diario - Multiplos diarios


Se existe um tempo que dedico é o de escrever sobre situações banais, a praia com sol, a manifestação em prol de justiça pelo assassinato de uma senhora de 80 anos pela policia - que inclusive vi uma conhecida minha no grupo - encurralada pela propria policia...

Aqui deixo um video que fiz pela atualidade que pede essa conversa com o virtual, apesar de não gostar, de me sentir uma besta, a câmera tremida, obrigada a quem vê e curte no inbox da vida, é ainda o espaço em que falo como se tivesse no bar ou na sala de aula, um espaço em que sou eu mesma - desde esse lugar de exceção das estatisticas e que consegue ocupar o imenso privilégio do conhecimento e da filosofia como pratica de pensamento.

Longo texto longo video, é o resumo da pesquisa e da tese, dito de maneira oral, a noite, antes de dormir, como que sonhando...

ps: vou publicar também na pagina e no instagram pra testar os algoritmos quem tiver dicas de burlar the system tamo juntes.

e aos acadêmicos perdoa a petulância, vos admiro ! é so que neste espaço o importante é experiência vivida e o cotidiano que de luta em luta faz consciência.

<3

terça-feira, 22 de setembro de 2020

off diario nova casa

 off diario  poema para kelly saura e daniel rocha


este espaço do eu


que longa ficção que começa assim "eu sou" depois "eu quero" e no fundo é tudo é nois


ficção que as vezes nos faz ficar nessa de insistir


o que mais me entristece é o capitalismo - e perceber que trabalho desde os 16 anos e que bem provavel a ideia de "aposentadoria" nem exista, quando assim ela chegar, minha avo me disse que trabalhou dos 6 aos 60, não vou reclamar, ela lutou por mim, minhas ancestrais lutaram por essa luta 


como dizer aos amigos que a merda não é com eles e sim com a injustiça social, o racismo estrutural e todas essas merdas ? como dizer ? agradecemos aos amigues que sabem e saem devagar e sempre, a espécie é companheira e fazemos o que podemos, as vezes é um tapa, as vezes é um não, as vezes é um ame e dê vexame...


não sei, so sei que é assim, um dia de cada vez, a casa chega e é nela que me concentro , mas que caro é ne manter uma casa, manter um corpo,


um dia de cada vez


o coletivo é o coletivo do comum 


foto do @mario andre carvalhal em algum lugar do mundo





quinta-feira, 17 de setembro de 2020

A mudança

 

A mudança começa quando decido não mais publicar no Facebook um texto banal ordinario de vida e cotidiano.


Começa pela decisão de não querer mostrar assim tanto o que penso e o que sinto, talvez porque seja vergonha ou ainda sobriedade do que vivi e vivo nestes dias tão intensos.


Voltei a amar, voltei a sentir frisson e fico abestada olhando pro nada e me perco achando o achar dos outros

e hoje fui na prefeitura buscar meu titre de séjour, ajudei uma moça que fala espanhol a resolver a burocracia pra sua mãe, ajudei uma mulher com passaporte meio russo, e fui ajudada de uma certa maneira com todos esses olhares e perspectivas

pois que fui atras do celular e nao achei

passei o processo de admitir a mim mesma que isso acontece, mas também fiquei na duvida, sera que é porque nao fiz um ébo assim tao bom a Exu, sera que foi Toulouse a cidade que amo e me amou e que agora sabe que parto mais sempre voltando, ou sera que é o mau olhado da humanidade no seu recalque, no fundo pode ser tudo TPM ou esse momento da humanidade que sangra todo mês e que se pergunta se a fragilidade que ela se encontra é fato ou apenas uma opinião condicionada da sociedade a induziu desde sempre a achar que toda mulher é um ser doente.


achei que tivesse perdido o celular com cartao e carteirinha dentro, mas no fundo nao olhei o facebook o dia inteiro e o tempo todo estava ali a cliente dizendo que tinha guardado pra mim, parece um desses dias longos e intensos que na verdade de tão banais são apenas mais um dia de trabalho.


Mais uma vez Isabella Aurora me acompanhando e amanha recomeça a aventura no festival Sauvageonnes !



<3

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

10 anos de Banhos

 ouvindo : claudia - deixa eu dizer : https://youtu.be/dsRynn4S1dM


Site : https://cargocollective.com/inocencioraisa/Banhos-Bath-s-Les-Bains

Maria Lugones diz dentre outras cositas que a descolonização é sobre atenção no cotidiano, papo reto do boca-a-boca. E a pesquisa de campo tem acontecido exatamente isso, conversas potentes, que me renovam, que me renascem enquanto ser, que fortalecem as redes boca-a-boca. Dentro do furacão do inimigo, eu renasço. Com direito a existência, a ser, efetivamente o que sou, a parar de me invisibilizar, a não aceitar mais e nunca mais e todo dia com alegria e afeto, resistência numa guerra psicológica de criação de categorias ontológicas (palavra difícil que diz simplesmente o termo técnico da filosofia sobre a substância do ser), que distinguem quem é superior e quem é inferior numa loucura chamada Estado patriarcal e colonial, explorador e destruidor, genocida e capitalista. Hoje ta mais fácil entender o que antes era chamado de utopia, olha a época de hoje – pensando em como Roy Wagner vê a noção de época – olha a época que estamos vivendo (!). A descolonização se tornou um projeto político mais do que nunca real e necessário pra própria reformulação do que acreditamos Estado e Estado de Direito (!).

No que concerne o cotidiano, a lida com o corpo e a energia, insisto e persisto comentando e este texto na verdade o é, que uma declaração de celebração, porque há 10 anos que comecei a performance-ritual dos Banhos como prática do trabalho filosófico, como complemento sensível e parte integrante e quem sem os banhos não saberia nada do axé e da cosmologia erótica. 10 anos de lá até cá o que comecei fazendo em festas no nossaCasa (SP), mostra pos-porno em Buenos Aires, Manifesta em Fortaleza, Rio de Janeiro incontáveis vezes no IFCS, Unirio, UERJ, na praia e na vida, com espontaneidade pirata, sensibilidade de cólera e necessidade de auto-cura, agora me disponho a falar mais sobre isso e se assumir né gente, parar de se invisibilizar é se mostrar, mulher pública, mulher que fala de política, mulher que fala assusta. Hoje apliquei rapé numa amiga precisando de energia, falou da pandemia e da crise de imigrantes – o que já sabemos há 10 anos na Grécia. Ambas as sinergias estão em conjunto tanto a escolha política de homens que lidam com a guerra e nossa escolha do íntimo e do doméstico do cuidado pra curar essas feridas emocionais que todos os dias lidamos.

Com isso não estou fazendo ode nenhuma ao sacrifício, meu assunto fica nos banhos e nos seus modos de fazer. Quem quer saber mais vamo de inbox e vou ver quem respondo porque a cólera é motivo de justiça, se vacilar vacilou vacilão.

10 anos em que tantas batalhas atravessei que hoje só quero uma coisa : publicar esse post e parar de entrar na internet pra terminar um negócio ali acolá (muitas risadas com café gelado e um baseado ).

Obrigada a todas as pessoas que fizeram os banhos nos últimos meses desde o Corona pandemic times e a todes amigues que me salvam banhando de amor e carinho.

sábado, 15 de agosto de 2020

off-diario hiperssexualização do dia

 [aviso de gatilho - se vc ja sofreu abuso sexual ]


os homens tem essa atitude de predação, se acham caçadores, - por favor nao me venha com as exceções - tô falando que sim por mais que seja "bobo" ou "infantil" certos assédios são sim violências
tão cotidianas, que se repetem, e eu sei que também é racismo porque EU DUVIDO que se eu fosse branca eles não me tratariam do jeito que me tratam. e por favor não pense no vitimismo, meu post não é pra quem critica expor essas situações banais de assédio sexual.
vc ser reduzido a um objeto onde um pinto vai entrar e é so nisso que eles pensam, e olha que eu gosto, mas acabei de viver uma que PUTA QUE PARIU hahaha me tirou do sério, me invadiu meu espaço, e não é a primeira e olha que so to ha uma semana na França
ê ê bem vinda na França de sempre, ai eu me pergunto sera que um dia vou ter um "namorado" ? que tenha consciência do quanto de assédio eu sofro POR DIA? que ainda assim aceite esse b.o que é me amar ? vcs tem noção do quanto a gente é culpabilizada de "piranha" e "bandida" mas na verdade é tudo assédio ? preciso botar o grelo na mesa pq essa não vou engolir mas nem a pau sozinha hehe
e com bom humor, na hora eu reagi mandei "tu pensa que é quem", dei dois gritos e ele foi embora, espero que não volte.
4 meses sem transar e ainda assim nao fiquei afim desse choque de um assédio explicito e sim sem empatia, pq quando vc reduz o outro a sua imagem não tem pau grande que dê jeito, haha
#rindo de nervoso
homens eu gosto de pinto, mas ta foda, vou virar xamã de Afrodite e me aposentar da vida cis-hetero-romantica, francamente.
merci bela pelo apoio qndo a parada rolou
não vou me calar mais pra cada assédio, ja deu, meu tesão não permite
❤

segunda-feira, 27 de julho de 2020

off diario viagem à França-Ítaca

Off-diário J'arrive... Tô chegando...

Quem quer brincar desce pro play, e descer quando se é muito novo é além de arriscado um atestado de óbito, morre-se de muitas maneiras e de tantas que você não consegue pensar que é possível sair disso, e conseguir ser adulto (na linguagem do jovem) e conseguir "tout court" (papo reto, tradução minha hehe).

Mais uma vez saio de casa, dessa vez com a impressão de que fomos soldados da facção amorosa, acorda todo dia de pé pra batalha e não deixa a peteca cair, nem a D. Neuza de 93 - digo de novo 93 - anos.

 A humanidade me encanta e - tento - conversar com ela dizendo que é hora de se assumir,

Voltar pra França, pros compromissos universitários, ora este momento é um off-diário, quanto aos assuntos da nação tratemos com mais seriedade respeitando - quem diria Raísa, hehehe - a constituição do Estado de Direito brasileiro, parece piada mas volto pra França "fière" do meu país, sobretudo, meu país Ceará, não preciso falar nada né amores, somos ainda um Estado, e infelizmente meu coração anarquista trabalha no texto público uma luta por isso, por política e consagração dos direitos, descolonizar ... papo reto...

Mas aqui é um diário, de uma foto banal na praia com a cumadi do rio negro e solimões  @bruna ronah e @abraão. É uma foto de dizer que registra a última fase do meu confinamento-desconfinamento suave de ir a praia e bronzear com distanciamento social e máscara na rua

Fiz tantos banhos e rezei tanto que agora já era, me chamo Rezadeira.

E com isso voltar pra França... courage je me dis.

Por enquanto sem casa, mas não sem rumo, vejam bem, agora é hora de mostrar a "Afrodite" em mim, pra quem é tecnocratizado e pra quem é como eu - do axé - de mais uma guinada de romper e falar-rezar - sem messias por favor aqui não - com pedagogia erótica descolonial... repito como reza repito como um banho...

Oyé Oyé

Odoyá

quinta-feira, 4 de junho de 2020

off-diario pandemic times



faz tempo que não escrevo como escritora, estes tempos a gente revê os porquês com calma e paciência

é tanta morte e desgraça, revolta, sangue nos olhos e fogo nos racistas

que venho por meio desta expressar meu mais íntimo e alienado sentimento que me ocorreu hoje falando com um amigo

uma cena engraçada

aqui em casa tem uma pug e a minha gata - rainha deusa egípcia esnobe e arrogante mas carente enormemente carente - e um dia a gata "me flagrou" fazendo carinho na pug

foi uma das cenas mais engraçadas da pandemia porque eu nunca tinha passado por essa sensação de ser pega no flagra

pode não ser engraçado aqui no escrito mas dei uma boa gargalhada

eu olho pra gata, ela com o olhar de humano e eu tentando ter esse olhar de [em itálico anima]

ps : como hj em dia a guerra é subjetiva podemos fazer uma pausa sobre pet sem deixar de lutar por um mundo mais justo hehe

não consigo gente tem sempre que ter um grito político



FORA BOLSONARO hehe

quarta-feira, 15 de abril de 2020

off diário meio bebo


Todo dia penso que sorte tenho de tá com minha mãe, depois de mais de dez anos saída de casa, ela me acorda as vezes discretamente abrindo a porta as vezes naquelas bem cearense hehe nove horas pra mais pra menos

que dia é hoje? quarta ou sexta ? porque hoje quando faço almoço gosto de temperar com cerveja e aí já bebo, e só bebi duas petras e uma colorado (porque tenho dessas, eu e meu irmão)

posto e saio correndo que hoje bateu - bateu bateu - uma saudade da França, de reclamar dos franceses, que eles são chatos e que eu sinto saudade do Brasil hehe

ah saudade, não tem nome nem cheiro, bate simplesmente bate

bateu ouvindo essa música

mes am.i.e.s je vous manque tellement...

sexta-feira, 20 de março de 2020

off diario quarentena - é só um desabafo sereno m'éditativo...

ou talvez aproveitar para pensar em si mesmo? hehehe malditos esses filósofos

>>>

as vezes fico pensando no quanto pode parecer egoísta, mas que bom estar em casa

quando você pensava nesse tipo de situação morando do outro lado do mundo, e minha mãe e minha avó ?

e agora to do lado delas, como um front afetivo que não me deixa endoidecer

d'ailleurs la thèse va très bien (a tese ta aqui lúcida, menino parece que agora foi !!!)

não estou romantizando a quarentena, to tentando pensar com a criança que ta aqui dentro de mim sem entender é nada

que reza e que reza pensando nos seus que tinha acabado de conhecer, lá na aldeia Pará, poucos dias antes dessa loucura necropolítica começar, eu tava com a mãe natureza com o silêncio dos pássaros e a esperança de uma vida melhor

e ai vim pra casa meu aniversário e de repente tudo se cancela e ninguém mais pode se mexer, a não ser intelectualmente e dentro di casa

minha criança olha pra mãe e se sente num ninho rezando pelos amigos (ontem um amigo anarquista me disse que ta com suspeita de coronga na periferia de Paris, pela primeira vez chorei, por uma gripe sem vergonha e por um estado outro)

talvez seja vingança ou castigo de Gaia, se for só tenho a dizer ô sorte e reza e destino de tá em casa ! (pra quem me conhece sabe, o quanto eu ia ta doida se eu tivesse na França isolada dos meus)

e que continuemos a ser assim no mesmo ritmo, o off diario que já existia porque ja via o antropoceno... (antropoceno quer dizer a humanidade em todo planeta)

texto longo e solitário mas ao mesmo tempo sereno porque o gosto da praia, do cinema, do sexo e da vida vai ser outro quando essa baixaria acabar, porque vai e vai mudar tudo...

não é preciso se levar a sério, mas da rotina que fazemos em casa levamos para o mundo e agora temos oportunidade de rever essa rotina que antes era superficial e baseada no consumo, ou pelo menos a sociedade do consumo pensava assim e agora ela tb esta confinada como o anjo exterminador do Buñuel

se a Globo pode falar o que quer nois tb ! hehe

xêro bem gostoso em todo mundo numa grande orgia platônica

hehe

sábado, 29 de fevereiro de 2020

off diario

 Desde mais ou menos agosto de 2017 veio “seriamente” a inspiração em fazer uma ação direta de retomar a pesquisa amoral num sentido mais pedagógico de diálogo e de encontro, convergindo junto com a minha pesquisa em filosofia. Foi preciso dois anos e meio para que eu criasse “coragem”.

Porque num mundo em que reconhecimento se consegue no grito e na fama, buscar um lugar de sujeito ou de fala é um processo primeiro de si, de coragem de se mostrar e depois de encontrar nossas redes e afetos.

Só que agora o babado tá quente e eu tô em pesquisa de campo, naquelas de que se questionar se eu não me reconhecer enquanto tal quem vai ? Explico, quando se encontra numa pesquisa de campo em que se precisa de espaços e mesmo público que se interesse em entender a dinâmica de pensamento que você tá propondo, para trabalhar em grupos e apresentar que seja cursos e seminários, é preciso ir atrás nesse mesmo mundo em que reconhecimento só se dá por dinheiro ou fama. Quando sabemos que muitas vezes o machismo, o racismo e o classismo te colocam nos dois mundos invisibilizados.

Eu tô meio cansada de tentar mandar inbox pedindo espaço e reconhecimento, de jogar um jogo necessário do saber falar coletivamente individualmente, de conseguir coisa para caralho e o babado é forte e lindo e intenso e minha nossa senhora do axé que eu agradeço todo santo dia as santas que me guiam.

Porém tem um babado específico : a pesquisa de campo é uma proposta que eu me fiz para voltar a fazer uma pesquisa amoral (performance que fiz de 2010 à 2015, algo assim) inspirada do trabalho de pesquisa de mercado, para que eu possa conversar com as pessoas sobre a minha tese em filosofia, e o que é uma tese em filosofia ?

À meu ver, e vamo ver né porque nois é silenciada mas nois grita, é apresentar um problema e à partir desse problema ver quais são as questões que circundam o problema, para começar devagar e gostoso.

O meu é a cultura do estupro, é esse o meu problema principal, sendo sensível e inteligente como falar sobre isso de maneira que a gente não tombe,

segura que lá vem nome bonito : a gente discute a representação sexual feminina e como à partir de um processo de descolonização do pensamento representar o sexual feminino numa pedagogia autônoma erótica e emancipadora (para si e para o outro)

sendo teimosa, dizer que no meio de uma necropolítica, ou política da morte, existe esse front de cuidado dos afetos, que devemos manter a cabeça erguida em front à essas tentativas diárias de genocídio e epistemicídio

nossa arma é a arte (como estética, sensibilidade e princípio cosmogônico)
é a cultura

bell hooks e paulo freire já cantaram a letra

Para resumir a ação consiste em vir conversar comigo sobre a minha tese e se quiser se confessar no melhor estilo filosófico do termo, também ensino à fazer spray de pimenta caseiro e se autodefender, é isso, gostaria de começar esses ensaios de diálogo e transcrever depois num capítulo da tese, em vez de ficar tentando espaços na vida acadêmica quando na maioria das vezes ainda oc
isso, gostaria de começar esses ensaios de diálogo e transcrever depois num capítulo da tese, em vez de ficar tentando espaços na vida acadêmica quando na maioria das vezes ainda ocorre aquele velho julgamento pela imagem ou aparência, da quenga ou da doida. Vai ser na praia, com todas as brincadeiras de uma Pomba-Gira Afrodite, filha de Iemanjá, em Salvador na praia da paciência e em Fortaleza na praia dos crush (melhores nomes de praia).

PS : pros que só querem me reduzir à uma buceta, perdoe e se insistir no inbox vai ter block não te demores onde não tenha amor.


Evoé axé o amor ta aqui agora e sempre

Marquei as pessoas que eu amo e gostaria muito uma opinião sobre o texto e essas idéias de tentar renovar uma pedagogia pros adultos tendo em vista uma coisa de contar história, num front afetivo de nossa memoria e o que fazer nesses tempos em que vivemos.


ENFIM UHU nervosah


https://web.facebook.com/events/655672515250184/

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Off diario Salvador - Bahia


No inicio foi um pouco complicado porque as pessoas me tiravam de "branca" num sentido negativo.
Sendo que na França as pessoas (racistas diga-se de passagem) me tiram para a "estrangeira brasileira latina" e em alguns muitos casos "aquela que so serve pra dar a buceta"
Mas Salvador é cidade de Axé e eu sou com muito orgulho filha de Iemanja que me protege mesmo com cansaço e asma e alergia e medo de morrer e/ou fracassar na vida. Ela me protege e como explicar que eu fui parar no Alto da Sereia ?!!!
Pra quem viu eu tava sem quarto e assim vim parar no canto que é dela.
Meu amor so tenho a te agradecer.
Tenho trabalhado muito, no que gosto, deixando de lado o terrorismo necropolitico que vê o Brasil como o fim do mundo, num velho racismo de achar que esse lugar mestiço e negro e indigena nao é lindo.
Tentam nos derrubar mas somos resistência!
Essa foto foi tirada num campo perto de Toulouse num dos eventos dos mais inspiradores o qual eu fiz um banho numa jovem, um banho de proteção e amor.
Por isso, que é para ela e para elas (todas elas, sabe-se bem)
Axé e muito axé que mesmo que nosso destino ja sabemos tem esse fim nao me arrependo em nada, ao contrario, é de encontro que estamos falando !!!
Foto de @maurice bam
Atelier Bidoullage philosophique - Montalivet 2019

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

off diario tese


Off diario


Durante muito tempo tive medo de escrever filosofia, de me assumir filosofia, de dizer que venho desta terra que nao da dinheiro, mas que faz (bem) viver, de acabar trabalhando com politica e pedagogia por emancipação social... Sem querer ser importante nem nada.

Nao tem caô, cada um faz o que pode nesse mundo cão, mas escrever é se emancipar, ja nao quero ser homem branco filosofo, nessa corrida da vida sei bem os (meus) limites e privilegios, so queria mesmo mostrar um pedaço, até bem pequeno, mas que da gosto poder sim fazer uma tese, hahaha a loka nem sei se vou conseguir na real, todo dia um dia.

Brasil, tô chegando, perdoa a bobeira (to cheia de dedos, mas é nervoso)

Este é um canal que quem quer pode compartilhar as informações, inclusive uma (quase) inutil tese em filosofia, hehe porque q eu me exponho ? haha nao sei mesmo, deve ser coisa do ego

Breve, um beijo

Tradução do trecho off diario da introdução da tese (ainda nao sei se vou colocar, mas ta ai) :

Por isso sempre haverá um compromisso pedagógico de desejo, para que possamos ser autônomos e coletivos, ecológicos e sociais, transmutando amor à política e justiça ao amor, para que não nos impeça nem de viver nem de nos descolonizarmos, e aqui eu sou universal: é necessário descolonizar a todes e todas, deixar de julgar as pessoas pelas suas origens ou por critérios que excluem através de hierarquias de valor e significado, não é assim tão complicado: basta estar lá, não é preciso saber falar bem ou se expressar, viver basta.

A tese é dividida em três partes 1) genealogia da representação em três fases : de hetaire afrodita, matriarcado, patriarcado (segundo Bachofen); 2) exemplo greco-romano Afrodite / Vénus (porque sim e mais com Vincianne Delforge e Pausanias, mas tem Platao tb e uma lista enorme de gente que fala das obras de arte); 3) pensar o futuro: descolonização do desejo, pedagogia erótica-estética e Iemanjá, minha mãe


Se flopar flopou, axéééééé




quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

off diario ano novo


Off diario ano novo

Que o ano novo é um evento pra gente regrada poder se liberar um pouco no meio dessa sociedade punitiva e criminal

Que o ano novo é uma crença como papai noel

Que essa festa remete muito mais à uma catarse para que possamos acreditar que as amizades verdadeiras sao essas cheias de aparência

Não importa, mas desde o ano passado me disse e me digo não passo mais o ano novo sem pensar nele como um fenômeno que nos modifica

Seja pela euforia provocada, imagina no mundo ocidental todo, pelo menos, enfim

O que quero dizer é que desejar votos, derrubar o Bolsonaro, fazer da vida um babado mais feliz e comum à todes, que fazer disso uma comuna ideia de amor e alegria, que junta desde minha mãe em Parajuru aos amigos do mundo todo que ontem me veram mandar mensagem sob efeito paresiaco e irreverente da festa do ano novo (mais babados inbox)

DAQUI HA 28 DIAS CHEGO NO BRASIL

Por isso que esse ano novo ao meu ver foi simples e direto, com amigas, babado e confusão numa casa de campo, tranquila gastando pouco mas com champanhe, porque q todo mundo quer ser visto e por isso tb quero, mas do jeito que sou com gin tonica e comunismo

Ir pro Brasil vai ser bem especial, cheio de firula e talvez erro e caos, mas o medo ja nao tenho, sou brava e consciente

Breve minha gente finalmente FELIZ ANO NOVO!!!

na imagem a legenda : "a dignidade é voce saber se portar a si mesmo no mundo"

um parentêses : quero sim ser reconhecida como escritora, mundana porque publica no facetruck e em blog do google, mas escritora, profana porque é pra todes, mas que respeita os axés e que ta aqui em conexao com esse outro indizivel que sabemos ser mestre e rei das forças que limitados somos, à um pequeno cerebro arrogante de achar que domina... bom... enfim... que seja especulação ou literatura é pra rir também da leveza da vida e da ressaca,