terça-feira, 27 de setembro de 2016

off-salva-o-ego

off-salva-o-ego

(salva-o-diario)

27/09

sobre a universidade: o seu início com uma leitura de Marx e a sensação de que não escapei da doutrinação marxista francesa hahahaha - finalmente vou lê-lo (junto com marcuse).

sobre a malandragem: aqui a vida é um pouco entediante (doce, gentil) com um jeito malandro que passa o pano na sua cara e você nem sente... (minha gradução em malandragem pela Lapa carioca ajuda muito a perceber o que é falso do verdadeiro... incluso das questões prático-políticas do racismo, do preconceito, do desrespeito ao modo de vida cultural "considerado" "selvagem", como o meu hehehe (intuitivo e sereno, olha pro céu meu amor, ainda que maduro seja falso ingênuo, só pra rir e zombar com ironia do racismo d'outro).



e na sala de aula aquela formalidade toda, que não sei se é a doxa (opinião ou modo de ver o mundo) ou se é Brasil que leva o feeling do bar/da casa/ da praia à sala de aula (ao menos da filosofia a narrativa vai sempre de um diálogo amigo, quero dizer: do desejo/amizade/amor para o conhecimento/sabedoria/percepção...

sinto saudade da loucura do rio, mas por ora não sinto banzo. toulouse é doce e gentil.


não me pauto a pensar questões que no facebook sempre tem os que "são todos especialistas", só divago mesmo... o ego não se expressa em terras ocidentais, ele fica calado esperando fazer um comentário construtivo. não viaja, nem delira. me entedio... por isso que o consumo capitalista fica todo encrustado nos desejos de narciso, é pra o seu bem manter a beleza da aparência, porque no final ficamos todos calados no silencio organico da "sociedade", o grito pertuba...



por isso a leveza das crianças... e o choro hehehe, mas ainda reservo do meu vasto tempo solitário um espaço para essa contemplação do delírio... (esse escrito totalmente perdido e publicado em blog hahahahah)

terça-feira, 20 de setembro de 2016

toulouse

off diario

exer
exor

cicio

cismo

cisma minha

de querer desabafar como desterritorio
das calunias
das intrigas
das birras
das injustiças

vou colocar no Lattes que em 2013 trabalhei seis meses como escrava pro Museu de Imagem e Som e a terceirizada Acesso - que de acesso não me deu porra nenhuma, só a raiva e a indignação trabalhista.

Kafka!

Oh, Kafka, acuda-me desta feita que é sentir o processo 0010738-62.2015.5.01.0036 (AUDIÊNCIA NA 73ª VARA DO TRABALHO - GOMES FREIRE, 471) Audiência dia 21/09 às 10:20 da manhã horário de Brasília.

Ah que raiva! seis meses de trabalho escravo, nas épocas de manifestação e ainda o estágio

Na escola estadual Souza Aguiar, época foda, em todos os sentidos.

Mas (pausa pra uma meditação chinesa-esquizoanalítica) eu desapego.

Desapego o dinheiro.
Desapego o amor à humanidade - (dos anos de pesquisa de mercado e do mundo da arte no Rio de Janeiro, desapego mesmo)

Quem me chame de oportunista, saiba (eu) desapego até da tua atenção, do teu mal - olhado, que não vê o que quero.

Que não vê que a saída só rola se for pra todos.

Me concentro nas crianças francesas (uma de origem portuguesa onde brincamos de bruxa e outra bem danadinha estilo Artaud com tres anos e meio que gosta de princesa e boneca pelada), trabalho sim como babá e moro na casa de uma família estilo mãe da Jéssica, exceto que é só terça e sexta das 07:30 as 08:30 ou seja duas horas por semana.

Seis meses de trabalho por volta de 36.000 reais com os encargos férias, recisão de contrato, 13º tudo o que eles querem tirar agora eu nem tive. Minha única assinatura na carteira de trabalho é de um trabalho que atrasou malditos seis meses!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PORAAAAAAAAA

sim, to com raiva. Muita raiva do Museu Image e Som que permitiu isso e agora nao passa de uma OS falida.

A foto é pra ilustrar que o tempo passa e a cama fica, gostosa, tranquila, vai passar... vai passar... vai dar certo... eu vou conseguir parar de pensar que um dia eu fui escravizada por seis meses...
 
Desapega
Desapega

Come uma larica
E sonha, sonha Raísa....