sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O homem nu



O homem nu.
A sua utopia mágico-cética.  em instantes para saber quais são as bruxas que nos assombram. estamos na cinelandia, a procura de uma amiga, não sabemos se ela foi presa ou simplesmente espancada.
Há um gato Nakata, que nos auxilia, está junto aqui na manifestação do dia 15 de outubro.
Andamos pela Cinelândia e as máscaras... tão mal-ditas, aconselhavam e protegiam tanto a cachorros quanto a gatunos anarquistas.
Nakata me conta um pouco sobre ouvir e falar sobre os homens, para ele fábula era a confissão sincera de um homo sapiens perdido numa civilização que se recupera de novas tecnologias e traz mais fôlego para uma possível sociedade libertária antes que as velhas instituições de controle voltem a ser jovens e potentes. O homem nu: que é tanto animal quanto gato e se ilude em botar uma cueca, crente que vai conseguir impedir de seu corpo demonstrar sua feroz paixão pelo misterio do gozo. ou melhor "inconsciente" a noitinha, debaixo das quatro paredes dos lençóis ele vai lá e acaricia... gozo egoísta!

A polícia (cão de guarda de máfia, “Cabral, eu não me engano, teu coração é miliciano!”) crê num Estado pautado em verdades inabaláveis, insituições que só sobrevivem por mecanismos de controle severos: casamento, interdependencia entre afeto e dinheiro, INVENÇÃO DE DOENÇAS, hierarquia e conduta moral hipócrita. O homem nu que precisa de ficção e crença como verdade inabaláveis: o mundo veio de big bang e deus, o mundo veio para ter mais mundos...
Hipocrisia aqui é uma bruxa também e há de se saber falar com ela. Pensar e mudar nossa vida, romper com esses velhos sistemas de vida, quando ao seu lado está na forma humana tantas dessas bruxas: quando é seu vizinho, pai ou primo um policial da moral?

Não, não queimaremos como a Igreja fez. Não nos abalaremos em culpa e pecado. Porque creamos (uma mistura de crer com criar) nossa vida sem medo e com error.
Diferente de uma sociedade pautada em lidar com o individuo soberano de sua consciencia e potencia que trabalha, trepa, come, caga, tudo dentro de caixas aceitáveis e dentro da moda ficcional humana. Diferente disso nuestra societá se relaciona com o erro e com o errado, é pra além do errado, porque não tem medo. E dança e não se contenta com a infelicidade do conforto.
O homem nu sem farda, sem olhar, sem nome.
[Aquela noite que invadi teu quarto e sem querer querendo o desconhecido, o estrangeiro, deitei-me e apertei meu peito contra o teu, para pensar em sexo e liberdade: sem teu nome, sem teu projeto de vida, o comi, o comi como se come um homem nu - sem ficção, sem crença, sem aforismos erótico-carnavalescos, o comi como quis, em segredo].

As nossas bruxas atuais... Tem certeza que é o Black Bloc mesmo? Ou num é esse seu comodismo de ficar vendo televisão esperando a vida passar sem ao menos viver o gosto pelo mistério da morte?
A essa altura Nakata já me olha indagando um certo temor e nervosismo: que Estado de Exceção é esse, que invade o morro, trata como se fosse um quintal de sangue.

Pois bem, o olhar mágico de ficar calmo quando ainda procuro minha amiga no front. E ao mesmo tempo pensando em tantas receitas de como libertar, fantasiar e viver o real:

Liberte-se do consumo.

Aceite a fantasia como parte do real, "pra além do bem e do mal"

Saia do seu comodismo televisivo e recrie seu tempo.

Feliz e cansada. Hoje, eu e Nakata, vamos lá procurar de novo a nossa amiga. Por um acaso a viste? - diria drumond a chamando de fulana - por um acaso a viste? fulana que também se chama:

Justiça.

Nação Zumbi.

Madame Satã.

Carmem Astrid Guarani Kaiowá.

Liberdade.

Frida Kahlo.

E TODXS OUTRXS QUE LUTARAM SEM MEDO.












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