sábado, 29 de julho de 2006

maldita geni

Em mais uma noite na Praia de Iracema, em mais uma noite de bebedeira costumeira de euforia. Dentro desta noite está sozinha, está triste, está confrontando sua própria liberdade com o moralismo que advem de fora. Se tem uma coisa que o ser humano se preocupa é com a imagem alheia, a imagem que nós carregamos pela sociedade. Já decidi, vou posar de santa, maquiavelicamente serei contra o aborto, transar? O que é isso... E que morra os beatniks!!!!
Tentarei, juro como tentarei não chamar atenção com as minhas gargalhadas de alegria e com os meus protestos gritantes aos amigos.
Tratarei a vida com mais seriedade, materializar os meus sonhos...
EU NÃO CONSIGO. Podem dizer que eu sou uma vadia, sem vergonha, louca, absurda, loser, em português fracassado, mas eu não consigo não fazer o que eu não quero não consigo acreditar nesse levianismo – que pra mim é mais uma forma de moralismo – eu acredito na liberdade de viver, de se apaixonar por quem quiser e por quanto tempo quiser.
Eu não tenho freios, eu tenho amigos e acredito que se pode amar de corpo e alma e uns goles a mais de vinho.
Tive até uma inocência de acreditar que o mundo poderia ser tão livre quanto o meu ser ao ponto de sentir o fogo de viver desde pequeno. Mas não é assim. As pessoas são cruéis, interesseiras, malvadas, desleais e não são amigos.
E por fim eu me apaixonei, pela segunda vez esse ano eu cometi o mesmo erro, inventei de dormir com ele, o seu abraço, o seu carinho, as suas palavras de homem feito. Antes, num show de rock qualquer, ele colocava a mão nas minhas costas indicando para onde íamos. Como sou tola! Como pude acreditar em palavras tão belas e sutilezas. Dormir com ele foi ao mesmo tempo um nascimento e um suicídio.
Por fim o tédio me atingiu. Quem sabe eu seja mesmo uma vadia e ainda não tenha me tocado. Ou quem sabe eu seja uma heroína, uma messias da libertinagem. Ou uma poetisa fracassada, a qual ninguem quer.

Mora na filosofia
pra quê rimar amor e dor.
Se seu corpo ficasse marcado por lábios ou maos carinhosas,
eu saberia, ...
nao vou me preocupar em ver, seu caso nao é de ver pra crer...
tá na cara!

Um comentário:

mais algumas coisas disse...

é caotica a forma como você escreve e soa mais atordoante quando se percebe a relação entre passado e futuro,concordo que a praia de iracema as vezes realmente é uma bosta com aquelas mesmas pessoas com seus rostos repitidos,suas roupas repitidas e ações repitidas...
o caotico é lindo,por não ter o pudor de agradar,apenas é e isso é o bastante...
o bom é viver
viver essa mescla d amor com dor
viver nos limites
viver...